7 de fevereiro de 2009

Viagens na minha terra!!

Ia eu no carro a conduzir sossegado, enquanto ouvia na radio, a história do Sr. Manuel.

O senhor Manuel Gonçalves, era um homem que imigrou cedo para Angola com os pais, lá viveu durante perto de 35.

Tinha um emprego razoavel, uma mulher e 2 filhas lindas, uma loira chamada Ana, e outra morena chamada Carina. A sua esposa, uma mulher muito jeitosa e virtuosa sempre gostou de ajudar os outros, no entanto nutria dentro dela uma curiosidade de conhecer o pais de origem de seu marido Manuel.

O sr. Manuel começa a sentir dores no corpo, e algumas vezes tremuras e desmaios, a sua familia ficava sempre preocupada com isso, e começaram a fazer turnos a cuidar dele, e como as filhas começavam a faltar as aulas, a esposa, Madalena, deixou o emprego para ajudar no emprego do marido a tempo inteiro, que as notas das meninas começavam a deterioar-se.

Manuel, um homem da terra, e por vezes crente, visitou toda a especie de bruxos, e curandeiros. Tentou desde comer patas de rãs em molho de manteiga, olhos de boi com creme de natas, e muitos outros remédios, que diziam os bruxos, iria curar o mau olhado de que ele era vitima.

Talvez o mais estranho certa vez que Manuel fez, foi usar o sangue da menstruação da sua mulher juntar sangue do primeiro galo que o acordava nessa manhã, e fazer com ele um arroz de cabidela. Manuel tentava, tentava, e nada parecia resultar.

Com pouco dinheiro, e a crise a abater-se sobre Anogla, Manuel regressa a Portugal. Deixando para trás uma das filhas que ficou como pagamento a um curandeiro, que dizia que Ana era especial, que era a união de marmore com marfim, uma menina única em toda a região.

Chegando a Portugal, Madalena fez de tudo para tentar trazer a sua filha de volta, enviou até uma carta ao Francisco Louça, alertando que existem mais coisas para lutar que sem ser a defesa dos Gays quando vão comprar sapatilhas ao Hipermercado. Não obteve resposta.

Cá no nosso adorado pais, Manuel tentou as várias igrejas oriundas do Brasil, sem resultado, tinha no entanto montado um cabeleireiro com a sua mulher que deram o nome do curandeiro que tinha ficado com a filha, na espernaç que isso lhes desse boa sorte.

Manuel cuidava da limpeza do Karamba Cabeleireiros, era ver o homem de esfregona na mão, e luvas amarelas no bolso, pronto a enxaguar e limpar todo o chão do establecimento. Até que um dia, a sua filha que ajudava nas lides do cabeleireiro, se esquece de por aquele sinal amarelo que se encontra em todos os shoppings quando as empregadas têm preguiça de lavar e deixam ficar durante uma semana a dizer chão escorregadio, e Manuel tropçea e quebra a coluna cervical.

É então que Manuel decide finalmente visitar um Médico, e deixar-se das tretas de bloco de esquerda de medicinas alternativas e espiritismos, e descobre que com a coluna naquele estado, vai andar na cadeira de rodas Mx500 F4, até o fim das suas vidas, ele triste, porque não tinha conseguido juntar o suficiente para o modelo MX 700 ls, decide virar-se para Deus.

Na altura não era crente, mas achou que nada tinha a perder. Com resultado, passados 10anos, Manuel, continuava na cadeira de rodas, mas achava que tinha algo mais para sorrir, Deus era grande, tinha de partilhar do seu amor com toda a familia, a sua vida tinha mudado tanto, era um homem diferente, acreditava que toda a gente se devia amar, e todos deviam ser amados.

6 anos depois, manuel foi condenado por abusos sexuais das filhas. Continuava na cadeira de rodas. Madalena ficou sem emprego, e com vergonha do marido, e filha (que se tinha tornado prostitua entretanto) suicida-se atirando-se para a linha do comboio.

Estranhamente foi daquelas pessoas que se atira pra linha de comboios de pernas, ficou a sofrer durante 4min (o INEM estava pertinho a comer uns couratos na tasca do Zé), e conseguiram-na salvar.

Madalena viva agora do rendimento de inserção social, num lar em Coimba.
Francisco Louça continua a lutar pelos direitos dos Gays e Lesbicas quando vão comprar velas de cheiro aos chineses.

Meus amigos, a conclusão que podemos tirar disto é que não se devia ouvir radio enquanto se conduz.

7 comentários:

zeto disse...

És o maior. Genial.
Obra de arte!!
Parabéns.

zeto disse...

Blogger zeto disse...

És o maior. Genial.
Obra de arte!!
Parabéns.

Obrigado pelo apoio caro leitor.

zeto disse...

Ei, não ia ler, mas li os primeiros 2 paragrafos, genial.

Muito bom.

zeto disse...

Obrigado, fico contente que alguém tenha comentado.

Não estive eu imenso tempo a fazer isto para nada.

Obrigado mais uma vez.

Anónimo disse...

Lol
Andas com falta de atenção? :p

Anónimo disse...

A publicidade na feed é que é irritante... :( De resto, a mesma qualidade de sempre :)

zeto disse...

preciso de rendimentos.

Acho que vou por a pub em baixo.

Obrigado, pensava que ninguém ia comentar. :(

 
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