30 de dezembro de 2005

Análise urbana
Parte 3 - Transportes Públicos

Ou porque não tem carro, ou porque não tem carta, ou porque dá mais jeito, ou porque tem que ser, ou porque sim, muitos de nós temos que nos sujeitar à utilização dos transportes públicos.

Verdadeiros centros de investigação científica em potência, devido aos habitats de espécies únicas de pulgas e fungos que no seu interior conservam, constituem locais de verdadeira luta pela sobrevivência onde o termo "selva urbana" é levado ao extremo.

Vou agora tornar este post útil.
A luta por um lugar sentado, ou até um lugar de pé, mas sem 5/7 desconhecidos em contacto físico permanente, é uma prioridade. Deixo aqui várias possibilidades para a conquista de tão desejado espaço:

1) Alternativa pouco higiénica, mas potencialmente bastante eficaz. Para quê usar desodorizante quando o seu odor corporal pode ser uma arma a seu favor? Limite-se a não o utilizar de todo e terá um raio de 1 metro de território ao seu dispor. Caso faça viagem de ida e volta do emprego, verá que no regresso de um cansativo dia de trabalho, esse raio poder-se-á expandir até 2 metros (sabe-se lá porquê);

2) Se for uma pessoa com flatulência facilitada esta poderá ser a sua técnica. Não tem muito que dizer. Simplesmente tem que fazer ouvir a sua arte de forma considerável. Alto e bom som. Actua como repelente a companhias indesejadas. Se for do tipo silencioso não resulta. É necessário ruído, para que as atenções se centrem em si e as vítimas corram na direcção oposta;

3) Alternativa mais artística. É necessário ter uma certa veia para a representação. Consiste numa actuação teatral em que o protagonista tosse compulsivamente enquanto se lamenta por ter comido frango no dia anterior. Se for razoavelmente convincente dá-se uma evacuação em massa e até fica com o autocarro só para si. O inconveniente de uma actuação demasiado convincente é que fica também sem condutor, que, parecendo que não, faz uma certa falta.

Seria interessante um estudo estatístico da eficácia destas técnicas. Experimentem e facultem-me os dados. Obrigado :)

2 comentários:

J.P. disse...

Pedro, desejo-te um bom ano de 2006, cheio de sexo, dinheiro e vinho ..

Pedro Couto disse...

Obrigado, igualmente.

 
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