1 de dezembro de 2005
Análise urbana
Parte 2 - WC's
O estilo de vida moderno exige cada vez mais a necessidade de passar o nosso tempo fora de casa. Mas por muito que o mundo à nossa volta evolua estamos sempre sujeitos às mesmas necessidades fisiológicas de excreção. O que quero dizer, é que ninguém passa sem cagar ou mijar, e é assim que todos nos sujeitamos à frequência dos temíveis e terríveis WC's públicos.
São uma constante na nossa vida e são sem dúvida antros de experiências desagradáveis. No caso dos homens, para quem só quer dar uma mijinha, o problema não é grande. Fá-lo ombro a ombro com um ou dois estranhos, leva alguns pingos de recordação nas calças ou sapatos, eventualmente na roupa interior, mas não há crise.
O problema põe-se quando as necessidades são outras. Ou no caso das mulheres, o problema põe-se em qualquer um dos casos, não fossem as mulheres seres complicados e problemáticos por natureza.
O que fazer quando a vontade aperta? Usamos aquelas retretes com os bordos mijados e com colónias de bactérias, provavelmente únicas, que ali se formaram durante os meses de permanência naquelas condições ideais de higiene nula?
Uma solução vulgar é recobri-los com papel higiénico. Mas por um lado o próprio papel não deve ser higiénico, e por outro lado é absorvente, e portanto diz que absorve. E se absorve, passa tudo o que for ligeiramente húmido de um lado para o outro, e do outro para a pele. Não deve ser lá muito agradável ficar com uma micose nessa zona do corpo.
Outra solução seria a do caçador. Fazê-lo em suspensão, sem existir o mínimo contacto. Mas a tarefa não deve ser nada fácil, a posição é embaraçosa, e se houver falta de pontaria instala-se o caos na região. Desta forma, até as mulheres mijam os bordos da sanita. Depois há sempre quem tenha o hábito de o fazer a ler o jornal/revista, ou a jogar telemóvel, o que vai complicando cada vez mais a situação. Acaba por ser bom para quem gosta de muita adrenalina na corrente sanguínea.
Mas decido sempre da mesma forma. Esperam-se mais umas horinhas (se não tiver nenhum problema). Em casa é sempre melhor.
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