A saga continua. E desta vez dirige-se ao público feminino.

Resolvi abordar um tema que me persegue desde tenra idade: as carteiras das mulheres.
Defendo a teoria, apoiada por anos de observação das presenças femininas em meu redor, de que as malas das mulheres têm a capacidade de armazenar uma quantidade infinita do mais variado tipo de objectos. Desde cosméticos, passando por kits de primeiros-socorros, portáteis com ligação à internet, telemóveis, reservas alimentares para mais de uma semana, pequenas bombas nucleares, acessórios de beleza... estes fantásticos reservatórios de objectos permitem a sobrevivência das mulheres e dos que os rodeiam no mais variado tipo de ambientes ou situações hostis. E são as mães que mais aparentam a capacidade acima referida. Relembro algumas das situações passadas que presenciei e que me marcaram e influenciaram na formulação desta teoria:

Filho: "Mamã!! Tenho fome!"
E observa (à distância, pois o medo de ser sugado para o buraco negro no interior da carteira era muito) a mamã a vasculhar a sua mala.
Mãe: "Queres Cerelac? Nestum? Umas bolachinhas? Um iogurte? Maçã, papaia, manga? Só tenho isto filho!"

ou

Filho: "Mãe!!!!! Buahhhhhhh!!! Aquele prego enferrujado arranhou-me!!"
Fase de procura da mãe. Observação à distância do filho.
Mãe: "Chega cá o braço! Tens de tomar esta vacina contra o tétano!"

Isto marca uma pessoa. Na altura não pensava nisso, mas agora esta ideia de que as mulheres possuem nas suas malas objectos e utensílios suficientes para conquistar e dominar o mundo começa a atormentar-me. Estarei a exagerar?